segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Assessoria de imprensa: acerte na escolha

*Por Adriana Pellegrino


Frequentemente, escuto as pessoas comentando que gostariam de sair na mídia, mas não sabem como. Então, é essa lacuna que nós preenchemos. Os assessores de imprensa.

Antes de ligar na redação ou produção de um jornal é preciso ter material em mãos... os releases (textos detalhados que sugerem pautas para os veículos). São eles que, muitas vezes, auxiliam o repórter a detalhar a pauta, entrevistar as fontes, entre outros.

Afinal, que trabalho é esse? Somos nós os responsáveis por facilitar o relacionamento entre os clientes (ou assessorados) e os veículos de comunicação. Como? Sou jornalista e passei por vários locais (como TV, rádio etc.). Desta forma, conseguimos enxergar com clareza o que pode virar uma matéria ou não.

Escrevemos para o jornalista que vai avaliar a sugestão de pauta. E não para o leitor final. E não fazemos só isso! Pensamos em comunicação o tempo todo, avaliamos possíveis pautas, preparamos o cliente na hora de entrevistar, preparamos manuais de crise, pesquisamos concorrentes... e uma infinidade de funções.

Por que a assessoria dá resultados? Porque tem mais credibilidade, já que é um jornalista falando bem do seu lado profissional ou da empresa. É um espaço que depende da informação interessante e, portanto, é uma mídia espontânea.

A atividade é “marketeira” sim. Principalmente porque depende do bom relacionamento da assessoria com a imprensa. Mas, não é departamento de vendas!

Para ajudar, com base no Manual de Assessoria de Imprensa da Fenaj, foi possível mostrar algumas dicas para quem pretende contratar o serviço.
Importante saber:

- Um trabalho continuado de Assessoria de Imprensa permitirá à empresa criar um vínculo de confiança com os veículos de comunicação e sedimentar sua imagem de forma positiva na sociedade.

- Assessor não é “lobista”. Não há garantias de que o assessor consiga espaços na mídia. Ele não deve fazer pressão junto aos colegas de redação.

- Editorial é diferente de publicidade. O espaço editorial não tem preço (editorial de moda, beleza, lançamentos), por essa razão tem mais credibilidade do que a publicidade. No editorial a opinião é a do jornalista, o que isenta a empresa de suspeita de autopromoção e valorização.

- Cargo de Confiança – Assessoria de Imprensa lida com informações. Portanto, precisa saber tudo que se passa na empresa ou instituição. Contrate um jornalista de sua confiança.

- Contrato de Trabalho – É usual o pagamento mensal para serviços de Assessoria de Imprensa. Pode-se, também, contratar por “jobs”. Em ambos os casos, a orientação é que seja feito um contrato de trabalho detalhando período e tarefas. É aconselhável a contratação dos serviços por um mínimo de seis meses, para que se alcance resultados satisfatórios.

- Mídia Training – A empresa que conhece o funcionamento da mídia tem melhores condições de atendê-la com eficiência. Por isso, deve solicitar um treinamento específico sobre o assunto.

- Repórter não é inimigo – Algumas fontes demonstram constrangimento e medo em atender a imprensa. Se a situação é ou não de crise, a melhor maneira de atender à imprensa é ser autêntico, transparente e objetivo. Oriente-se com seu Assessor de Imprensa antes de falar ao repórter.

- Disponibilidade para com a imprensa – Não adianta contratar uma Assessoria se a fonte não tem tempo para atender às solicitações da imprensa e de seu assessor. O processo de comunicação exige, antes de tudo, tempo e dedicação.

- Erro comum – Jamais peça ao repórter que o entrevistou para ler o texto antes de ser publicado. Também não exija que o assessor faça isso. A partir do momento em que a entrevista foi concedida, a informação é do repórter e é ele quem decide o que será publicado.

*Adriana Pellegrino é jornalista responsável pela A7 Comunicação

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